Pensata do Naza

Minha idéia é utilizar este canal como forma de colocar na net os meus pensamentos a repeito de uma série de assuntos, dentre os quais posso destacar a política, corrupção, relações pessoais e o que mais me der na telha.

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quarta-feira, julho 28, 2010

[Educação] - Ler sem Entender

Editorial de hoje (28/07/2010) da Folha de São Paulo, que nos mostra o tremendo fosso que o Brasil deverá transpor para chegar ao desejado desenvolvimento pleno:

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Ler sem entender
A notícia de que 23,5% dos acompanhantes de pacientes do Hospital das Clínicas de São Paulo que declararam saber ler e escrever são incapazes de compreender instruções simples relativas ao uso de um medicamento preocupa, mas não chega a surpreender.
Foi justamente a constatação de que a alfabetização formal significa muito pouco para a vida prática que levou a Unesco a criar e depois reformular o conceito de analfabetismo funcional.
Desde 1978, o braço da ONU para a educação considera funcionalmente alfabetizado o indivíduo inserido de forma adequada em seu meio e que é capaz de desempenhar tarefas em que a leitura, a escrita e o cálculo são usados para o seu próprio desenvolvimento e o de sua comunidade.
No papel faz sentido, mas computar esse tipo de situação, especialmente em censos, não é trivial. A solução encontrada foi utilizar substitutos mais objetivos, como os anos de instrução formal. É uma aproximação grosseira, mas que tende a funcionar com grandes populações.
O IBGE, por exemplo, considera analfabetos funcionais os brasileiros maiores de 15 anos que tenham menos de quatro anos de estudo. Por esse critério, nosso índice chega a 21%.
O problema surge quando se utilizam esses números em comparações com outros países. Como a definição de alfabetismo funcional pressupõe a boa integração da pessoa a seu meio e esta varia de acordo com nacionalidade, classe social etc., não se estabeleceu nenhum critério uniforme. O Canadá, por exemplo, só considera funcionalmente alfabetizado quem tenha mais de nove anos de escolaridade.
Mais do que isso, as nações desenvolvidas já começam a substituir a noção de alfabetismo funcional pelo desempenho de amostras da população em provas que avaliam as habilidades em áreas específicas e comportam gradações. Nessas condições, 48% da população do Canadá estaria em nível de conhecimento abaixo do adequado. Essas considerações dão bem a medida do fosso que o Brasil ainda precisa transpor.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2807201002.htm (para assinantes)

quinta-feira, julho 08, 2010

[Política] - O Analfabeto Político

Havia postado essa mensagem em setembro de 2005 e, acho, ela deve ser repostada, retweetada, retransmitida...

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"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.


O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais."


Bertold Brecht